27/02/2010 - 14h34
Mortos em terremoto no Chile passam de 140, dizem autoridades
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
Atualizado às 15h43
O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o Chile na madrugada deste sábado (27) matou pelo menos 147 pessoas, disse a diretora da Oficina Nacional de Emergência (Onemi), Carmen Fernández. "Os números variam minuto a minuto e agora chegam a 147", disse a jornalistas.
Fernández afirnou que a região mais afetada é os arredores da cidade de Concepción, a cerca de 500 km de Santiago.
O balanço anterior, anunciado pelo presidente eleito Sebastian Piñera, apontava para 122 mortos e indicava sérios danos para a infraestrutura do país. "Quero compartilhar a dor dos familiares das mais de 122 pessoas que perderam a vida neste terremoto... É provável que este número aumente. Temos também muitos feridos", disse Piñera para jornalistas. Foi decretado estado de catástrofe no país.
Piñera, que assumirá a presidência do Chile em 11 de março, disse que coordenará com Bachelet e sua equipe um plano de reconstrução que será necessário no país, acrescentando que as perdas estruturais foram muito grandes. "Isso significa um duro golpe para a infraestrutura deste país, há perdas muito importantes em termos de infraestrutura de vias, aeroportos..., portos e também em setores ligados à habitação", acrescentou.
De acordo com o United States Geological Service (USGS, por sua sigla em Inglês), o terremoto teve seu epicentro a 35 quilômetros de profundidade, na região de Bio Bio, a cerca de 320 quilômetros ao sul da capital chilena, Santiago, e a 91 quilômetros ao norte de Concepción.
O terremoto deste sábado foi considerado o maior no país em 25 anos. O maior tremor a atingir o Chile no século 20 teve magnitude 9,5, e atingiu a cidade de Valdívia em 1960 deixando 1.655 mortos.
Para o sismólogo britânico Roger Musson, o terremoto deste sábado foi "gigantesco". "Qualquer movimento acima de 8 graus é um grande terremoto", precisou o especialista.
Infraestrutura
O aeroporto internacional de Santiago foi fechado por ao menos 24 horas e todos os voos foram cancelados até novo aviso, segundo relatos de funcionários de companhias aéreas. Os voos, quase todos de longa distância e na maioria procedentes de cidades dos Estados Unidos e Europa, estavam sendo desviados para aeroportos na Argentina, principalmente para a cidade de Mendoza. As companhias aéreas brasileiras TAM e Gol anunciaram o cancelamento de seus voos procedentes de ou com destino a Santiago.
O Chile também está com problemas de comunicação, com linhas telefônicas sem funcionar. Várias pontes ficaram danificadas, segundo o subsecretário do Interior, Patrício Rosende. Na região de Araucanía, onde houve vítimas, foram relatados danos a hospitais e redes de infraestrutura básica, como água, gás e eletricidade.
O tremor foi sentido nos países vizinhos, inclusive no Brasil. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de São Paulo informaram que receberam chamados para verificar pequenos tremores em vários bairros da capital paulista.
Tsunami
Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica, Antártida, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, as ilhas Pitcairn e a Polinésia Francesa.
Há relatos de que um tsunami tenha atingido a ilha de Juan Fernandez. Áreas da Ilha de Páscoa (que fica a 3.500 km da costa do Chile no Oceano Pacífico) estão sendo evacuadas pela Marinha chilena, devido ao risco de formação de ondas gigantes após o terremoto.
O tremor também poderá causar danos em todas as ilhas do Havaí, afirmou o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico. "É preciso tomar medidas urgentes para proteger a vida e a propriedade", disse o Centro em um comunicado. "Todas as costas correm perigo, sem importar a direção que estão", acrescentou. Estima-se que a primeira onda do tsunami chegará ao Havaí às 11h19 (18h19 no horário de Brasília).
De acordo com a correspondente da BBC no Cone Sul Valeria Perasso, na região de Araucanía, onde houve vítimas, foram relatados danos a hospitais e redes de infraestrutura básica, como água, gás e electricidade.
Moradores das zonas atingidas pelo terremoto descreveram o tremor como "interminável", e o estado de choque foi sentido nas ruas, em meio a casas destruídas.
Entretanto, lembrou a jornalista, ainda é cedo para fazer uma avaliação dos prejuízos.
Segundo o USGS, os efeitos do tremor foram percebidos no mar de Valparaíso, na costa a oeste de Santiago.
Na capital chilena, relatos dão conta de que os prédios tremeram entre 10 segundos e 30 segundos.
Depois do terremoto, tremores de intensidade variável foram registrados em todo o país, levando as autoridades chilenas a pedir aos moradores que permaneçam em casa.
Graciela Martín, de Mendoza, no lado argentino da fronteira andina, afirmou que "deste lado da fronteira, sentimos um tremor de cerca de um minuto." Há inclusive depoimentos de pessoas que dizem ter sentido os efeitos no Brasil. A Defesa Civil de São Paulo confirmou os relatos, mas disse que não há danos ou vítimas.
*Com informações de BBC, Folha Online e agências internacionais
Mortos em terremoto no Chile passam de 140, dizem autoridades
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
Atualizado às 15h43
O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o Chile na madrugada deste sábado (27) matou pelo menos 147 pessoas, disse a diretora da Oficina Nacional de Emergência (Onemi), Carmen Fernández. "Os números variam minuto a minuto e agora chegam a 147", disse a jornalistas.
Fernández afirnou que a região mais afetada é os arredores da cidade de Concepción, a cerca de 500 km de Santiago.
O balanço anterior, anunciado pelo presidente eleito Sebastian Piñera, apontava para 122 mortos e indicava sérios danos para a infraestrutura do país. "Quero compartilhar a dor dos familiares das mais de 122 pessoas que perderam a vida neste terremoto... É provável que este número aumente. Temos também muitos feridos", disse Piñera para jornalistas. Foi decretado estado de catástrofe no país.
Piñera, que assumirá a presidência do Chile em 11 de março, disse que coordenará com Bachelet e sua equipe um plano de reconstrução que será necessário no país, acrescentando que as perdas estruturais foram muito grandes. "Isso significa um duro golpe para a infraestrutura deste país, há perdas muito importantes em termos de infraestrutura de vias, aeroportos..., portos e também em setores ligados à habitação", acrescentou.
De acordo com o United States Geological Service (USGS, por sua sigla em Inglês), o terremoto teve seu epicentro a 35 quilômetros de profundidade, na região de Bio Bio, a cerca de 320 quilômetros ao sul da capital chilena, Santiago, e a 91 quilômetros ao norte de Concepción.
O terremoto deste sábado foi considerado o maior no país em 25 anos. O maior tremor a atingir o Chile no século 20 teve magnitude 9,5, e atingiu a cidade de Valdívia em 1960 deixando 1.655 mortos.
Para o sismólogo britânico Roger Musson, o terremoto deste sábado foi "gigantesco". "Qualquer movimento acima de 8 graus é um grande terremoto", precisou o especialista.
Infraestrutura
O aeroporto internacional de Santiago foi fechado por ao menos 24 horas e todos os voos foram cancelados até novo aviso, segundo relatos de funcionários de companhias aéreas. Os voos, quase todos de longa distância e na maioria procedentes de cidades dos Estados Unidos e Europa, estavam sendo desviados para aeroportos na Argentina, principalmente para a cidade de Mendoza. As companhias aéreas brasileiras TAM e Gol anunciaram o cancelamento de seus voos procedentes de ou com destino a Santiago.
O Chile também está com problemas de comunicação, com linhas telefônicas sem funcionar. Várias pontes ficaram danificadas, segundo o subsecretário do Interior, Patrício Rosende. Na região de Araucanía, onde houve vítimas, foram relatados danos a hospitais e redes de infraestrutura básica, como água, gás e eletricidade.
O tremor foi sentido nos países vizinhos, inclusive no Brasil. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de São Paulo informaram que receberam chamados para verificar pequenos tremores em vários bairros da capital paulista.
Tsunami
Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica, Antártida, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, as ilhas Pitcairn e a Polinésia Francesa.
Há relatos de que um tsunami tenha atingido a ilha de Juan Fernandez. Áreas da Ilha de Páscoa (que fica a 3.500 km da costa do Chile no Oceano Pacífico) estão sendo evacuadas pela Marinha chilena, devido ao risco de formação de ondas gigantes após o terremoto.
O tremor também poderá causar danos em todas as ilhas do Havaí, afirmou o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico. "É preciso tomar medidas urgentes para proteger a vida e a propriedade", disse o Centro em um comunicado. "Todas as costas correm perigo, sem importar a direção que estão", acrescentou. Estima-se que a primeira onda do tsunami chegará ao Havaí às 11h19 (18h19 no horário de Brasília).
De acordo com a correspondente da BBC no Cone Sul Valeria Perasso, na região de Araucanía, onde houve vítimas, foram relatados danos a hospitais e redes de infraestrutura básica, como água, gás e electricidade.
Moradores das zonas atingidas pelo terremoto descreveram o tremor como "interminável", e o estado de choque foi sentido nas ruas, em meio a casas destruídas.
Entretanto, lembrou a jornalista, ainda é cedo para fazer uma avaliação dos prejuízos.
Segundo o USGS, os efeitos do tremor foram percebidos no mar de Valparaíso, na costa a oeste de Santiago.
Na capital chilena, relatos dão conta de que os prédios tremeram entre 10 segundos e 30 segundos.
Depois do terremoto, tremores de intensidade variável foram registrados em todo o país, levando as autoridades chilenas a pedir aos moradores que permaneçam em casa.
Graciela Martín, de Mendoza, no lado argentino da fronteira andina, afirmou que "deste lado da fronteira, sentimos um tremor de cerca de um minuto." Há inclusive depoimentos de pessoas que dizem ter sentido os efeitos no Brasil. A Defesa Civil de São Paulo confirmou os relatos, mas disse que não há danos ou vítimas.
*Com informações de BBC, Folha Online e agências internacionais
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