quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Curadoria alerta SEMAR para não dar licenças na Mata Atlântica do Piauí

23/09/10, 20:01
Curadoria alerta Semar para não dar licenças na "Mata Atlântica"
Governo do Estado ainda contesta mapa do IBGE que define mais de 66% da área de Teresina como Mata Atlântica.

A Curadoria do Meio Ambiente expediu recomendação ao secretário estadual de Meio Ambiente, Dalton Macambira, e ao superintendente e diretora da mesma pasta, Carlos Antônio Moura Fé e Fernanda Almeida Moita, respectivamente. A intenção é alertar para risco de improbidade administrativa caso emitam licenças ambientais a empreendimentos ou autorizações para desmatamentos em área considerada Mata Atlântica, sem seguir as normas para tal. A definição da vegetação no Piauí é contestada pelo Governo desde o início do ano, quando foi divulgada.

A recomendação é assinada pela promotora Maria Carmen Cavalcanti de Almeida, da 30º Promotoria de Justiça, com base em mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Nele, 66,58% da área de Teresina seria de Mata Atlântica e teria uma série de restrições para sofrerem intervenções do homem. Após a divulgação do mapa em fevereiro deste ano, o Governo do Estado enviou questionamento para o Ministério do Meio Ambiente, que ainda não deu resposta sobre o assunto.

Informado sobre a recomendação datada de 22 de setembro de 2010, Dalton Macambira disse que não poderia se pronunciar por ainda não ter recebido a mesma. Ele afirmou, no entanto, que já respondeu recomendação feita pela mesma promotora na semana passada também relacionada à questão. O secretário argumentou que contesta a existência da vegetação no Piauí e alega que, segundo levantamentos feitos da Semar, não há qualquer espécie da Mata Atlântica no Estado.

A nova recomendação diz que a Semar informou não ter acatado a recomendação anterior "por não estarem de acordo com os fundamentos da mesma". Considera ainda que "com fundamento nos princípios constitucionais da legalidade e da moralidade é dever do Gestor Público cumprir as normas e não defender teses ou rebater mapas", e sim cumprir o que determina a lei.

Fonte: cidadeverde.com

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Catástrofe em 2012: como uma tempestade solar pode afetar a Terra

22 de Setembro de 2010
Catástrofe em 2012: como uma tempestade solar pode acabar com a energia elétrica na Terra
Imagine como seria viver sem energia elétrica justamente quando somos totalmente dependentes dela. Em breve, isso pode acontecer.

Por Eduardo Karasinski

Hoje estamos no que chamamos de “A Era Espacial”. O ser humano conseguiu grandes avanços tecnológicos que mudaram seus hábitos intensamente. Dependemos da eletricidade e de sistemas de comunicação para absolutamente tudo em nosso dia a dia.

O problema é que não podemos controlar todos os fenômenos da natureza terrestre e, menos ainda, da espacial. Porém, uma previsão catastrófica para os próximos anos parece mostrar atividades solares extremas, que podem ocasionar destruições e vários tipos de calamidades em nosso planeta. As maiores vítimas somos nós, dependentes da tecnologia.

Tempestades solares

Apesar de parecer uma catástrofe que ocorre com intervalos enormes de tempo, as atividades solares magnéticas são frequentes. São elas que ocasionam a Aurora Boreal em regiões próximas aos polos. O que varia é a força dessas explosões e tempestades.

Em março de 1989, a vítima foi a província do Quebec, no Canadá. Em apenas 90 segundos, seis milhões de pessoas foram atingidas por um apagão completo. Isso acarretou diversos acidentes, principalmente no trânsito, assim como a falta de aquecimento em pleno inverno intenso. O blecaute durou cerca de nove horas e ocorreu devido à explosão de diversos transformadores.

Entretanto, a pior tempestade solar de que se tem notícia ocorreu em setembro de 1859. Foi três vezes mais forte do que a que atingiu o Quebec e destruiu telégrafos na América do Norte e na Europa.

Como ocorre a tempestade solar

O Sol tem toda sua energia sendo gerada no núcleo, com temperaturas que alcançam 15 milhões de graus centígrados. Com fusões nucleares, 5 milhões de toneladas de energia são geradas, junto com um magnetismo intenso. São esses enormes campos magnéticos que criam curvas sobre a superfície solar, que são esticadas e distorcidas em todos os sentidos de maneira irregular.

Quando as curvas colidem, um curto-circuito ocorre e faz com que toda a energia seja liberada. O ciclo magnético solar é de 22 anos, com manchas que atingem seu ápice a cada 11 anos. O fenômeno, chamado de "Máximo Solar", permite que aumentem bastante as chances de ocorrer uma tempestade.

As atividades solares acontecem com frequência, mas nós não as sentimos porque a Terra tem um campo magnético que protege o planeta, chamada de Magnetosfera. O problema é que, dependendo da intensidade de uma dessas tempestades, o “escudo” é arrancado e comprimido em grande parte, permitindo que os efeitos possam ser devastadores.

Depois de uma tempestade radioativa causada pela energia solar, o último “ataque” — e também o pior — é uma explosão da CME (emissão de massa coronal), uma nuvem de gás eletrificado de um bilhão de toneladas. O fenômeno leva entre 4 e 7 dias para chegar ao planeta e não é possível medir sua força.

Quais as consequências de uma forte tempestade solar

Uma tempestade solar leva 8 minutos para chegar à Terra, mas já no início acarreta um carregamento eletromagnético sobre o planeta. Isso faz com que qualquer coisa em órbita corra perigo. Satélites, por exemplo, despencam de volta ao solo, enquanto que aviões perdem as comunicações por rádio.

Em seguida, uma tempestade radioativa atinge o planeta e provoca estragos enormes, pois traz consigo prótons de alta energia capazes de detonar equipamentos eletrônicos. O que e quem estiver no solo é protegido pela força da atmosfera. Porém, o maior problema fica para os astronautas que estiverem fora da atmosfera, pois a radiação intensa é fatal, de maneira que eles têm poucos minutos para conseguirem se proteger.

Os satélites de GPS sofrem sobrecargas e não conseguem mais enviar sinais normais. Sem sistemas de localização, os aviões que estiverem sobrevoando os céus se perdem e seus motores começam a falhar.

Quando a CME finalmente chega ao planeta, seu impacto causa uma sobrecarga extrema em equipamentos elétricos, principalmente nos gigantescos transformadores que distribuem a energia para as cidades. Isso faz com que eles simplesmente explodam e deixem tudo na escuridão total. Seria um blecaute mundial.

O mundo sem energia elétrica

Todo mundo que já presenciou uma breve queda de luz sabe como é terrível ficar horas sem energia elétrica. O problema é que a destruição dos transformadores faria grandes cidades ficarem no escuro por meses e até anos. O motivo é simples: além do alto custo, levaria entre um a dez anos para substituir as redes elétricas danificadas.

Além das comunicações que já teriam sido prejudicadas há algum tempo, sistemas de iluminação das cidades e aquecimento parariam de funcionar. A ausência das redes de sinalizações, como semáforos para carros e trens transformariam a cidade em um caos total e causariam muitos acidentes gravíssimos no início.

Hospitais e outros serviços de emergência, apesar de contarem com geradores de energia, só funcionariam por três dias, de forma que pacientes mais frágeis não seriam capazes de sobreviver. Qualquer equipamento hospitalar dependente da eletricidade não poderia ser utilizado.

Boa parte dos fornecimentos de água e comida seria cortada. O tratamento da água e dos esgotos não poderia funcionar, deixando a população gravemente enferma; doenças como hepatite, disenteria e febre alta se alastrariam.

Formas de evitar a catástrofe

Com a probabilidade alta de que a próxima tempestade solar seja devastadora, cientistas estudam diversas formas de prever da melhor maneira possível quando ela pode acontecer. O satélite japonês Hinode, lançado em 2006, é capaz de analisar campos magnéticos complexos do sol para saber quando os fenômenos podem ocorrer.

Mas a estrela da vez é o satélite duplo STEREO, da NASA (foto acima), colocado em posições estratégicas no espaço para prever da melhor maneira possível quando e como uma tempestade pode atingir nosso planeta.

Se soubermos o momento em que os fenômenos devem ocorrer, é possível desligar com antecedência as grandes estações de energia até que a tempestade passe. Dessa forma, não haveria estragos significativos no abastecimento. Seria como um blecaute preventivo forçado.

As tempestades solares parecem temas de ficção científica, tamanha a complexidade e os danos ocasionados. Entretanto, são um fato comprovado. A previsão é de que um "Máximo Solar" seja alcançado em 2012, com proporções enormes.

Mesmo que a próxima tempestade solar não tenha tanta magnitude, isso deve acontecer algum dia. Tudo depende de como vamos nos preparar para encarar a situação. Você está pronto para lidar com a falta de energia?

Fonte: NASA

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