Mais de 3.000 cidades em 125 países participaram do "apagão" pelo clima
da Folha de S. Paulo
No mundo inteiro, em protesto contra o aquecimento global, monumentos, prédios e locais famosos tiveram as suas luzes apagadas. Foi a edição de 2010 da "Hora do Planeta", na noite de sábado.
Participaram 3.483 cidades em 125 países, deixando seus marcos no escuro. Entre eles, no exterior, a torre Eiffel, o Coliseu, o Big Ben, o Empire State Building, em Nova York, e as pirâmides do Egito.
No Rio, entre outros pontos, a luz se apagou na orla de Copacabana, no Cristo Redentor e no Pão de Açúcar. Em São Paulo, na Ponte Estaiada e no Pacaembu. Em Brasília, no Congresso Nacional. No total, 72 cidades do país participaram.
É a quarta edição da "Hora do Planeta" e a segunda da qual o Brasil participa. Ela é organizada pela ONG WWF. A ideia é simbolicamente reduzir o consumo de energia no planeta.
Início
O evento começou pequeno, em 2007, apenas em Sydney. "Nós nunca, nem em nossos mais loucos sonhos, imaginávamos que se espalharia dessa forma", diz o inglês Andy Ridley, diretor da iniciativa.
Em 2008, 35 países participaram. Em 2009, 88. O ano de 2010 teve, portanto, uma adesão recorde, com 125 países.
A edição de 2010 ocorre três meses após o fracasso da cúpula do clima de Copenhague. Na época, países como Estados Unidos, China e Índia, que apagaram juntos as luzes no sábado, não chegaram a um acordo consistente, com força de lei, contra as emissões globais de gases-estufa.
A próxima cúpula do clima ocorre no final do ano, no México. Negociadores importantes em Copenhague se mostram pessimistas. O ex-secretário-executivo da ONU para o clima Yvo de Boer disse à Folha em fevereiro que não acredita que um acordo expressivo possa ser finalizado por lá.
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